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Pesquisas Concluídas

Fome e Relações Internacionais: uma agenda oportuna para o Brasil

Thiago Lima

Atos Dias


 

Resumo

Argumenta-se que Fome e Segurança Alimentar são temas pertinentes para a análise sob o prisma das Relações Internacionais. A produção da comunidade nessa área é muito pequena, apesar de haver forte justificativa para estudo, tanto pelo ângulo do valor intrínseco do ser humano, quanto pelos ângulos teórico e político.

 

Acesse a o artigo fruto da pesquisa aqui.

A atuação dos Doadores Emergentes no âmbito da Cooperação Internacional: uma análise do caso brasileiro no Programa Mundial de Alimentos*

 

Jenifer Queila de Santana** 

 

Resumo
 

As contribuições brasileiras ao Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU) alavancaram na última década. Além do aumento contributivo, verificou-se nesse período o aprofundamento das relações entre o Brasil e esse órgão do Sistema ONU, que resultou, entre outras coisas, na possibilidade de que programas brasileiros voltados para a promoção da segurança alimentar e nutricional fossem replicados internacionalmente. Toda essa mudança aconteceu após a aprovação em 2004 pela Junta Executiva do PMA do documento Novas Parcerias para Sanar Necessidades Crescentes - Expandindo a base doadora do PMA. Esse documento consolidou um debate evidente no PMA desde o fim da década de noventa sobre a necessidade de ampliação da base doadora do órgão a partir do engajamento dos doadores emergentes. Sendo o Brasil um dos doadores emergentes que passaram a ter uma participação mais ativa no PMA após o NPSNC, esse trabalho buscou investigar se e como a atuação brasileira no período de discussão sobre a ampliação da base doadora e engajamento dos doadores emergentes influenciou na consolidação das mudanças institucionais sucedidas no órgão.

 

Palavras-chave: Programa Mundial de Alimentos. Doadores Emergentes. Ajuda Alimentar - Brasil. 

*Trabalho de Conclusão de Curso de Relações Internacionais da UFPB (2015).

Integrante:

**Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e Relações Internacionais da UFPE

***Essa pesquisa recebeu apoio financeiro  do CNPq por meio de bolsa de iniciação científica.

Dinâmica intraburocrática e a internacionalização de dois modelos agrícolas distintos na Cooperação Técnica agrícola brasileira*

 

Julia Silva Rensi

Resumo
 

No âmbito interno do Brasil existem dois modelos agrícolas claramente distintos, um voltado para a agricultura familiar e outro para a promoção do agronegócio. Pelas suas características, estes modelos aparentam ser contraditórios, mas a cooperação técnica agrícola brasileira internacionaliza estes dois modelos através de seus projetos. Portanto, esta pesquisa, por meio da análise da política externa brasileira, buscará entender por que estes modelos são reproduzidos na cooperação técnica.

 

Palavras-chave: Política Externa Brasileira. Cooperação Sul-Sul. Relações Brasil-

-África. Dinâmica Interburocrática. Segurança Alimentar.

 

*Trabalho de Conclusão de Curso de Relações Internacionais da UFPB (2015).

Cooperação internacional, assistência alimentar e política externa brasileira
 

Flávia Belmont

Atos Dias

Thiago Lima

 

Resumo

 

O Brasil, a partir dos anos 2000, começou a visar a sua consolidação como doador pleno na cooperação Sul-Sul, principalmente no que tange à cooperação técnica. O Estado brasileiro, porém, enfrenta problemas sérios relacionados à injustiça social, à pobreza, à corrupção e à infraestrutura. Uma das perguntas mais recorrentes e que suscita discussões acaloradas é a seguinte: o que justificaria o interesse do Brasil em cooperar internacionalmente ao invés combater os problemas internos? Ao lidar com essa pergunta, o trabalho proposto abordará as diferentes formas de cooperação internacional do Brasil, com ênfase na cooperação agrícola e alimentar.

 

Acesse o artigo aqui.

Programa Mundial de Alimentos: multilateralismo e a atuação dos EUA*

 

Atos Dias
 

Resumo

 

O presente trabalho procura analisar como a atuação norte-americana no Programa Mundial de Alimentos (PMA) impacta a cooperação multilateral da instituição. Decorrente de uma maior preocupação para com o combate a fome no mundo e a promoção do desenvolvimento, o PMA esteve fortemente influenciado pelos interesses norte-americanos desde o começo. Durante a década de 1960 os EUA passaram a enxergar a necessidade da distribuição de encargos sobre a ajuda alimentar com demais países, pois não estavam preparados para enfrentar, sozinhos, os problemas alimentares dos países em desenvolvimento. Considerando também a crescente participação de atores estatais no regime de ajuda alimentar, o multilateralismo, por meio do PMA, se mostrava o meio ideal de evitar resultados mutuamente desvantajosos e de estabelecer maior coerência para a política de ajuda alimentar internacional. Levando-se em consideração os múltiplos interesses que compunham o Regime de Ajuda Alimentar na época, o Programa, no entanto, foi composto de uma incoerência quanto aos seus princípios e objetivos, o que prejudicou a fluidez da cooperação multilateral dentro da instituição. Para os EUA, o PMA se mostrava com um complemento para os seus programas de ajuda alimentar bilaterais, fortemente ligados a interesses de grupos internos que atualmente se dividem em três grandes grupos: os produtores e processadores agrícolas, as empresas de transporte marítimo e as ONG de distribuição. Contudo, na medida em que o programa passou a englobar uma maior participação dos países em desenvolvimento e confrontar com os interesses inseridos na ajuda bilateral dos EUA, o interesse norte-americano na instituição começou a se esvair. A queda da participação dos EUA no PMA, seu ator principal, tem contribuído para uma declínio dos recursos da instituição e, portanto, para a ineficácia em combater a fome no mundo e promover o desenvolvimento. O presente trabalho aponta para a necessidade da participação dos EUA no PMA assim como para a reforma da ajuda alimentar norte-americana, fortemente vinculada a interesses políticos e econômicos internos que prejudicam sua efetividade. Como será demonstrado, ambas as mudanças são necessárias para o fortalecimento da cooperação multilateral, para o aumento da eficácia no combate a fome no mundo e para a promoção do desenvolvimento.

 

Acesse a pesquisa completa aqui.

*Essa pesquisa recebeu apoio financeiro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-INEU) por meio de bolsa de iniciação científica.

Alimentos como recursos de poder nas Relações Internacionais

 

Thiago Lima

Resumo

É comum a afirmação de que o Brasil é uma potência agrícola mundial e sucessivos governos brasileiros têm buscado inserir o país nas relações internacionais a partir dessa posição. Em termos de mercado, pelo menos, essa parece ser uma posição consensual. Mas, o que essa condição significa no contexto mais amplo das Relações Internacionais? Poderia o Brasil utilizar sua capacidade agroalimentar como um recurso de poder a ser empregado em relações políticas internacionais? O objetivo da pesquisa é examinar a utilização de alimentos como recurso de poder no cenário internacional, isto é, o emprego de alimentos para fins políticos, tendo como principal referência a experiência dos Estados Unidos. 


Acesse o artigo "Alimentos: um recurso de poder nas Relações Internacionais? Um exame a partir da experiência histórica dos EUA" aqui.

Os Impactos da Ajuda Alimentar Internacional em Guerras Civis*

Flávia Belmont

Júlia Rensi


Resumo

O Brasil é uma das maiores potências agrícolas do globo e tem se tornado um dos maiores doadores de alimentos do mundo, segundo a Organização para Alimentos e Agricultura e o Programa Mundial de Alimentos, ambos das Nações Unidas. Em 2010, o governo brasileiro selou um acordo com o Sudão, a fim de prestar assistência à população que sofre com a insegurança alimentar decorrente da guerra civil em Darfur. Tendo em vista o contexto sudanês, a assistência prestada a este país é emergencial. Embora o objetivo maior do Brasil possa ser salvar vidas, é possível que as doações brasileiras aprofundem o conflito? Seriam as doações brasileiras enquadradas no chamado ‘Dilema do Samaritano’, em que o doador fica em dúvida sobre fornecer alívio humanitário imediato mesmo sabendo que isso pode aprofundar as causas do sofrimento em longo prazo? Observando este caso específico levantamos a questão: quais os efeitos que a assistência alimentar estrangeira pode causar em uma guerra civil? Para lidar com esse problema fizemos uma revisão bibliográfica e identificamos ao menos quatro aspectos de uma guerra civil (variável dependente) que podem ser afetados pela doação de alimentos (variável independente): intensidade, duração, incidência e número de mortes por efeitos indiretos. A literatura encontrada não é consensual, o que torna interessante explorar as diferentes constatações. Alguns estudos apontam que a assistência alimentar estimula conflitos em alguns aspectos, outros que os arrefecem. Identificamos também que a literatura sobre esse tema é escassa, a despeito do aumento das guerras civis no pós-Guerra Fria e de questões relacionadas à fome e à segurança alimentar virem ganhando evidência nos últimos anos. Esperamos, assim, que o texto possa despertar a atenção para o assunto, bem como mostrar a pertinência de maiores pesquisas nessa área, particularmente para os brasileiros, cujo Estado parece almejar um papel maior em temas de segurança internacional.

Acesse o artigo completo aqui.
* Trabalho vencedor do concurso de melhor artigo científico de graduação do Encontro Estadual da ABED-PB, 2012.

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